Em qualquer território, qualquer lugar e em qualquer país algumas datas são para celebrar. Outras, para lamentar.
O dia 31 de março no Brasil é para lamentar.
Há 53 anos atrás, uma conspiração destruiu uma democracia com o argumento cínico de que estava exatamente preservando a democracia. O que havia de mais atrasado na sociedade da época se juntou na
trama: militares, CIA, políticos conservadores e grandes empresários do
jornalismo, como os Mesquitas, Roberto Marinho e Octavio Frias de
Oliveira.
A administração que nasceu dessa aliança foi um colosso da inépcia. O
Brasil piorou dramaticamente – excetuado o pequeno grupo que tomou
conta do Estado. A desigualdade floresceu e país se favelizou.
Caso não tenham percebido ainda, é exatamente o que esta sendo costurado no Brasil de hoje, E PARECE BEM PIOR.
Conquistas trabalhistas foram extirpadas, como a
estabilidade. Greves – a única arma dos trabalhadores – foram
proibidas. O ensino público que era excelente – e promovia a mobilidade
social – foi devastado, com a perseguição a professores e o controle
obsceno do que era ensinado nas salas de aula.
Alguma semelhança com os dias de hoje?
O Brasil deu um passo gigantesco para trás em 31 de março de 1964. Os cinco DITADORES mataram e roubaram indiscriminadamente e sem nenhuma punição
Os generais presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo merecem um esculacho eterno e suas permanências para sempre no LIXO DA HISTÓRIA.
Falavam em combater a corrupção dos civis, criaram até seu partido, a Arena, cujo maior ícone não ninguém menos que Paulo Maluf.
Foram mais de vinte anos de pesadelo e desespero.
E não devemos jamais esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.
Lucraram muito com a ditadura militar no Brasil, de diferentes formas, os que investiram para que ela acontecesse, via golpe militar de 1964, e consequente derrubada do presidente eleito João Goulart. Dela se beneficiaram o governo dos Estados Unidos (EUA), vampiros de lá e de cá, latifundiários, os generais e coronéis brasileiros, responsáveis pela implantação e manutenção dos 21 anos de Terror de Estado que sofremos no Brasil.
A ditadura militar brasileira cometeu vários crimes, que afetaram
milhares de pessoas (inclusive muitos militares) através das atrocidades
conhecidas, da censura à imprensa e às manifestações culturais, da
repressão às atividades sindicais.
O modelo brasileiro para a exploração foi tão bom na
época, que serviu de exemplo para os EUA em toda a América Latina: a
partir do golpe de 64 no Brasil, promoveram uma sucessão de golpes
militares em todos os países do continente. A propaganda anticomunista
permanente, desde o final da 2ª Guerra Mundial, produziu efeitos sobre
parte das populações desses países, que apoiaram os golpes militares no
início, temendo tornarem-se vítimas de “ditaduras comunistas”, mas
acabaram sob as ditaduras militares fascistas.
É preciso ainda também hoje lutar para descobrir o que ocorreu com cada
militante político desaparecido pela repressão, e pelo fim da impunidade
dos criminosos da ditadura militar, nós temos que conseguir saber
também, e divulgar amplamente, quem lucrou com a ditadura militar, quem
dela se beneficiou com a utilização do Estado para seus negócios, em
detrimento de dezenas de milhões de trabalhadores e trabalhadoras, cuja
exploração no período foi tão grande, que levou o Brasil ao topo do ranking mundial dos países com maior concentração de renda.
Foram mais de vinte anos de pesadelo e desespero.
E não devemos jamais esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.
Os métodos de tortura engendrados
recebiam diversos nomes simbólicos, entre eles, os mais comuns
registrados e confirmados por aqueles que os sofreu, são:
Pau-de-Arara – O
preso era posto nu, abraçando os joelhos e com os pés e as mãos
amarradas. Uma barra de ferro era atravessada entre os punhos e os
joelhos. Nesta posição a vítima era pendurada entre dois cavaletes,
ficando a alguns centímetros do chão. A posição causava dores e atrozes
no corpo. O preso ainda sofria choques elétricos, pancadas e queimaduras
com cigarro. Este método de tortura já existia na época da escravidão,
sendo utilizado em várias fases sombrias da história do Brasil.
Cadeira do Dragão – Os
presos eram sentados nus em uma cadeira elétrica, revestida de zinco,
ligada a terminais elétricos. Uma vez ligado, o zinco do aparelho
transmitia choques a todo o corpo do supliciado. Os torturadores
complementavam o mecanismo sinistro enfiando um balde de metal na cabeça
da vítima, aplicando-lhe choques mais intensos.
Choques Elétricos – O
torturador usava um magneto de telefone, acionado por uma manivela,
conforme a velocidade imprimida, a descarga elétrica podia ser de maior
ou menor intensidade. Os choques elétricos eram deferidos na cabeça, nos
membros superiores e inferiores e nos órgãos genitais, causando
queimaduras e convulsões, fazendo muitas vezes, o preso morder a própria
língua. As máquinas usadas nesse método de tortura eram chamadas de
“maricota” ou “pimentinha”.
Balé no Pedregulho – O
preso era posto nu e descalço em local com temperatura abaixo de zero,
sob um chuveiro gelado, tendo no piso pedregulhos com pontas agudas, que
perfuravam os pés da vítima. A tendência do torturado era pular sobre
os pedregulhos, como se dançasse, tentando aliviar a dor. Quando ele
“bailava”, os torturadores usavam da palmatória para ferir as partes
mais sensíveis do seu corpo.
Telefone – Entre
as várias formas de agressões que eram usadas, uma das mais cruéis era o
vulgarmente conhecido como “telefone”. Com as duas mãos em posição
côncava, o torturador, a um só tempo, aplicava um golpe violento nos
ouvidos da vítima. O impacto era tão violento, que rompia os tímpanos do
torturado, fazendo-o perder a audição.
Afogamento na Calda da Verdade – A
cabeça do torturado era mergulhada em um tambor, balde ou tanque cheio
de água, urina, fezes e outros detritos. A nuca do preso era forçada
para baixo, até o limite do afogamento na “calda da verdade”. Após o
mergulho, a vítima ficava sem tomar banho vários dias, até que o seu
cheiro ficasse insuportável. O método consistia em destruir toda a
auto-estima do torturado.
Afogamento com Capuz – A
cabeça do preso era encapuzada e afundada em córregos ou tambores de
águas paradas e apodrecidas. O prisioneiro ao tentar respirar, tinha o
capuz molhado a introduzir-se nas suas narinas, levando-o a perder o
fôlego, produzindo um terrível mal-estar. Outra forma de afogamento
consistia nos torturadores fecharem as narinas do preso, pondo-lhe, ao
mesmo tempo, uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca,
obrigando-o a engolir água.
Mamadeira de Subversivo – Era
introduzido na boca do preso um gargalo de garrafa, cheia de urina
quente, normalmente quando o preso estava pendurado no pau-de-arara.
Usando uma estopa, os torturadores comprimiam a boca do preso,
obrigando-o a engolir a urina.
Soro da Verdade – Era
injetado no preso pentotal sódico, uma droga que produz sonolência e
reduz as inibições. Sob os efeitos do “soro da verdade”, o preso contava
coisas que sóbrio não falaria. De efeito duvidoso, a droga pode matar.
Massagem – O
preso era encapuzado e algemado, o torturador fazia-lhe uma violenta
massagem nos nervos mais sensíveis do corpo, deixando-o totalmente
paralisado por alguns minutos. Violentas dores levavam o preso ao
desespero.
Geladeira – O
preso era posto nu em cela pequena e baixa, sendo impedidos de ficar de
pé. Os torturadores alternavam o sistema de refrigeração, que ia do frio
extremo ao calor exacerbado, enquanto alto-falantes emitiam sons
irritantes. A tortura na “geladeira” prolongava-se por vários dias,
ficando ali o preso sem água ou comida. AS MULHERES, além de sofrer as mesmas
torturas, ERAM ESTUPRADAS e submetidas a realizar as fantasias sexuais
dos torturadores. Poucos relatos apontaram para os estupros em homens,
se houveram, muitos por vergonha, esconderam esta terrível verdade.
Foram mais de vinte anos de pesadelo e desespero.
E não devemos jamais esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.
PARA QUE NUNCA SE ESQUEÇA
PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA.
Caça a homossexuais e travestis era uma rotina
Algumas imagens, só para ilustrar.
PIMENTINHA
Era uma máquina que se constituía de uma caixa de madeira que,
no seu interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um
rotor combinado, de cujos terminais uma escova recolhia corrente
elétrica que era conduzida através de fios. Essa máquina dava choques em
torno de 100 volts no acusado.
CADEIRA DO DRAGÃO
Era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados numa
cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o
aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o
corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um
balde de metal, onde também eram aplicados choques.
PARA QUE NUNCA SE ESQUEÇA
PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA.
1.http://www.sul21.com.br/jornal/os-lucros-e-os-crimes-da-ditadura-militar-no-brasil-19641985-por-milton-pomar/
2. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/31-de-marco-e-um-dia-para-lamentar/
3. http://jornalggn.com.br/noticia/a-tortura-e-os-mortos-na-ditadura-militar
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