sexta-feira, 31 de março de 2017

31 de março, um dia triste, de luto e luta para o Brasil.


Em qualquer território, qualquer lugar e em qualquer país algumas datas são para celebrar. Outras, para lamentar. 

O dia 31 de março no Brasil é para lamentar.

Há 53 anos atrás, uma conspiração destruiu uma democracia com o argumento cínico de que estava exatamente preservando a democracia. O que havia de mais atrasado na sociedade da época se juntou na trama: militares, CIA, políticos conservadores e grandes empresários do jornalismo, como os Mesquitas, Roberto Marinho e Octavio Frias de Oliveira.
A administração que nasceu dessa aliança foi um colosso da inépcia. O Brasil piorou dramaticamente – excetuado o pequeno grupo que tomou conta do Estado. A desigualdade floresceu e país se favelizou.

Caso não tenham percebido ainda, é exatamente o que esta sendo costurado no Brasil de hoje, E PARECE BEM PIOR.

Conquistas trabalhistas foram extirpadas, como a estabilidade. Greves – a única arma dos trabalhadores – foram proibidas. O ensino público que era excelente – e promovia a mobilidade social – foi devastado, com a perseguição a professores e o controle obsceno do que era ensinado nas salas de aula.

Alguma semelhança com os dias de hoje?


O Brasil deu um passo gigantesco para trás em 31 de março de 1964. Os cinco DITADORES mataram e roubaram indiscriminadamente e sem nenhuma punição

Os generais presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo merecem um esculacho eterno e suas permanências para sempre no LIXO DA HISTÓRIA.

Falavam em combater a corrupção dos civis, criaram até seu partido, a Arena, cujo maior ícone não ninguém menos que Paulo Maluf.

Foram mais de vinte anos de pesadelo e desespero.

E não devemos jamais esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.


Lucraram muito com a ditadura militar no Brasil, de diferentes formas, os que investiram para que ela acontecesse, via golpe militar de 1964, e consequente derrubada do presidente eleito João Goulart. Dela se beneficiaram o governo dos Estados Unidos (EUA), vampiros de lá e de cá, latifundiários, os generais e coronéis brasileiros, responsáveis pela implantação e manutenção dos 21 anos de Terror de Estado que sofremos no Brasil.

A ditadura militar brasileira cometeu vários crimes, que afetaram milhares de pessoas (inclusive muitos militares) através das atrocidades conhecidas, da censura à imprensa e às manifestações culturais, da repressão às atividades sindicais.
O modelo brasileiro para a exploração foi tão bom na época, que serviu de exemplo para os EUA em toda a América Latina: a partir do golpe de 64 no Brasil, promoveram uma sucessão de golpes militares em todos os países do continente. A propaganda anticomunista permanente, desde o final da 2ª Guerra Mundial, produziu efeitos sobre parte das populações desses países, que apoiaram os golpes militares no início, temendo tornarem-se vítimas de “ditaduras comunistas”, mas acabaram sob as ditaduras militares fascistas.

É preciso ainda também hoje lutar para descobrir o que ocorreu com cada militante político desaparecido pela repressão, e pelo fim da impunidade dos criminosos da ditadura militar, nós temos que conseguir saber também, e divulgar amplamente, quem lucrou com a ditadura militar, quem dela se beneficiou com a utilização do Estado para seus negócios, em detrimento de dezenas de milhões de trabalhadores e trabalhadoras, cuja exploração no período foi tão grande, que levou o Brasil ao topo do ranking mundial dos países com maior concentração de renda.

 Foram mais de vinte anos de pesadelo e desespero.

E não devemos jamais esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.

Os métodos de tortura engendrados recebiam diversos nomes simbólicos, entre eles, os mais comuns registrados e confirmados por aqueles que os sofreu, são:
Pau-de-Arara – O preso era posto nu, abraçando os joelhos e com os pés e as mãos amarradas. Uma barra de ferro era atravessada entre os punhos e os joelhos. Nesta posição a vítima era pendurada entre dois cavaletes, ficando a alguns centímetros do chão. A posição causava dores e atrozes no corpo. O preso ainda sofria choques elétricos, pancadas e queimaduras com cigarro. Este método de tortura já existia na época da escravidão, sendo utilizado em várias fases sombrias da história do Brasil.
Cadeira do Dragão – Os presos eram sentados nus em uma cadeira elétrica, revestida de zinco, ligada a terminais elétricos. Uma vez ligado, o zinco do aparelho transmitia choques a todo o corpo do supliciado. Os torturadores complementavam o mecanismo sinistro enfiando um balde de metal na cabeça da vítima, aplicando-lhe choques mais intensos.
Choques Elétricos – O torturador usava um magneto de telefone, acionado por uma manivela, conforme a velocidade imprimida, a descarga elétrica podia ser de maior ou menor intensidade. Os choques elétricos eram deferidos na cabeça, nos membros superiores e inferiores e nos órgãos genitais, causando queimaduras e convulsões, fazendo muitas vezes, o preso morder a própria língua. As máquinas usadas nesse método de tortura eram chamadas de “maricota” ou “pimentinha”.
Balé no Pedregulho – O preso era posto nu e descalço em local com temperatura abaixo de zero, sob um chuveiro gelado, tendo no piso pedregulhos com pontas agudas, que perfuravam os pés da vítima. A tendência do torturado era pular sobre os pedregulhos, como se dançasse, tentando aliviar a dor. Quando ele “bailava”, os torturadores usavam da palmatória para ferir as partes mais sensíveis do seu corpo.
Telefone – Entre as várias formas de agressões que eram usadas, uma das mais cruéis era o vulgarmente conhecido como “telefone”. Com as duas mãos em posição côncava, o torturador, a um só tempo, aplicava um golpe violento nos ouvidos da vítima. O impacto era tão violento, que rompia os tímpanos do torturado, fazendo-o perder a audição.
Afogamento na Calda da Verdade – A cabeça do torturado era mergulhada em um tambor, balde ou tanque cheio de água, urina, fezes e outros detritos. A nuca do preso era forçada para baixo, até o limite do afogamento na “calda da verdade”. Após o mergulho, a vítima ficava sem tomar banho vários dias, até que o seu cheiro ficasse insuportável. O método consistia em destruir toda a auto-estima do torturado.
Afogamento com Capuz – A cabeça do preso era encapuzada e afundada em córregos ou tambores de águas paradas e apodrecidas. O prisioneiro ao tentar respirar, tinha o capuz molhado a introduzir-se nas suas narinas, levando-o a perder o fôlego, produzindo um terrível mal-estar. Outra forma de afogamento consistia nos torturadores fecharem as narinas do preso, pondo-lhe, ao mesmo tempo, uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca, obrigando-o a engolir água.
Mamadeira de Subversivo – Era introduzido na boca do preso um gargalo de garrafa, cheia de urina quente, normalmente quando o preso estava pendurado no pau-de-arara. Usando uma estopa, os torturadores comprimiam a boca do preso, obrigando-o a engolir a urina.
Soro da Verdade – Era injetado no preso pentotal sódico, uma droga que produz sonolência e reduz as inibições. Sob os efeitos do “soro da verdade”, o preso contava coisas que sóbrio não falaria. De efeito duvidoso, a droga pode matar.
Massagem – O preso era encapuzado e algemado, o torturador fazia-lhe uma violenta massagem nos nervos mais sensíveis do corpo, deixando-o totalmente paralisado por alguns minutos. Violentas dores levavam o preso ao desespero.
Geladeira – O preso era posto nu em cela pequena e baixa, sendo impedidos de ficar de pé. Os torturadores alternavam o sistema de refrigeração, que ia do frio extremo ao calor exacerbado, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. A tortura na “geladeira” prolongava-se por vários dias, ficando ali o preso sem água ou comida. AS MULHERES, além de sofrer as mesmas torturas, ERAM ESTUPRADAS e submetidas a realizar as fantasias sexuais dos torturadores. Poucos relatos apontaram para os estupros em homens, se houveram, muitos por vergonha, esconderam esta terrível verdade.


 Foram mais de vinte anos de pesadelo e desespero.

E não devemos jamais esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.

PARA QUE NUNCA SE ESQUEÇA
PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA. 

Caça a homossexuais e travestis era uma rotina 

Algumas imagens, só para ilustrar.

PIMENTINHA

Era uma máquina que se  constituía de uma caixa de madeira que, no seu interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos termi­nais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de fios. Essa máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado.
CADEIRA DO DRAGÃO
Era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.

 
PARA QUE NUNCA SE ESQUEÇA
PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA.

Fontes: 
1.http://www.sul21.com.br/jornal/os-lucros-e-os-crimes-da-ditadura-militar-no-brasil-19641985-por-milton-pomar/
2. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/31-de-marco-e-um-dia-para-lamentar/
3. http://jornalggn.com.br/noticia/a-tortura-e-os-mortos-na-ditadura-militar

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