sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pra se indignar. Ou será pra rir?

Classificando as mulheres para a venda.
(O título é meu, a reportagem não.
)

O guia turístico "Rio for Partiers" (Rio para festeiros). A publicação, voltada para estrangeiros de 30 a 45 anos, tem uma seção sobre paquera que divide as mulheres cariocas em categorias.
A publicação causou polêmica ao classificar cariocas em cinco tipos como forma de aconselhar os turistas a aproveitar a vida noturna do Rio. O texto em inglês recomenda deixar de lado as "meninas de família" e as patricinhas do tipo "Britney Spears", que são metidas e difíceis. As do tipo "hippie/raver" são mais fáceis de interagir, diz o guia, mas são melhores como companhia para diversão. As "com mais de 30 anos" são mais acessíveis para beijar, mas a busca por algo a mais deve ser direcionada às "popozudas", que se dedicam à malhação e às calças apertadas e podem ser "máquinas de sexo".
O guia não faz referência à prostituição, mas a Embratur argumentou na Justiça que a classificação e a indicação de locais para o turista buscar sexo viola a dignidade humana. "O foco da promoção turística do Brasil no exterior é a diversidade cultural do País e suas belezas naturais. O Ministério do Turismo, por meio da Embratur, condena qualquer utilização de imagens, expressões ou apelos que remetam à exploração do turismo com conotação sexual e, por este motivo, não faz cessão de uso da Marca Brasil para publicações que vão de encontro a este conceito", diz nota divulgada pela autarquia nesta terça-feira (21).


É amiguinhos, o negócio é “ de com força”! Faz-se necessário que tenhamos opinião sobre o assunto. Classificam-se coisas, objetos e não seres humanos. Mas parece que está tudo bem, pois ninguém se estribucha.
A propósito, sobre esse assunto montei um pequeno texto. Já faz uns cinco anos. Mas ainda esta bem atual.


HOMENAGEM*

Tudo que é perfeito a gente pega pelo braço
joga ela no meio mete em cima e mete em baixo
Depois de nove meses você vê o resultado.
Segure o than.
Segure o than, cachorras e poposudas, pois,
um tapinha não dói
e, se o dinheiro está na mão, a calcinha está no chão.
Por isso, vou deixar minha mulher e arrumar uma quenga,
que talvez me compreenda e saiba me dar valor,
pois, amor de rapariga é que é amor,
amor de rapariga é bom demais.

E, é isso, mulher roleira e curubenta;
se tu botar boneco eu passo a mão nas tuas venta.


* Composição feita a partir de trechos de músicas populares de muito sucesso.

Vamos pensar, você sabe?

É grosseira.
É agressiva.
É desrespeitosa.

Ou será ...

Legal?
Divertida?
Eu gosto?
Tu gostas?
Quem gosta?
Nós gostamos!

Um comentário:

A Educação, a Biologia e a Psicologia de Mãos Dadas disse...

Isso mostra como os nossos olhos e ouvidos divergem com a nossa expressão de comportamento diante da valorização da pessoa. A melodia parece soar como algo que estimule o corpo, mas esquecemos que por tras da melodia tem uma letra que tras uma sensura e estimula o nosso pensamento a projetar pessoas, senti mentos como algo manipulador. Quando soubermos escutar os ecos de nossas vozes saberemso expressar realmente o que sentimos uns pelos outros sem distinção de qualquer ideia preconcebida.