quinta-feira, 6 de abril de 2023

Um olhar sobre a humanidade.

Muros mais altos, detector de metal e policia armada; nada disso trará mais segurança para dentro das escolas e demais espaços de convivência. A violência, o ódio, os preconceitos, a intolerância, o assédio, o estupro, os assassinatos e demais abominações estão nas ruas, estão dentro de casa, estão disseminados pela sociedade como um todo. A humanidade está no limite entre a sanidade e a barbárie total. Ou paramos para conversar, para nos ouvir, nos ver e nos perceber ou nos destruiremos. Não serão penalidades mais rígidas como a de morte, por exemplo, que fará esta nefasta realidade cessar.

Sempre existiu e sempre existira conflitos entre os seres humanos, pois somos diferentes não apenas fisicamente mas, principalmente nas formas de pensar e interpretar o mundo. No entanto, o que estamos vivenciando nestes últimos tempos extrapola os limites da discordância e das divergências saudáveis. Estamos diante de uma horda crescente de criaturas dispostas a matar outros seres humanos só e somente só por não concordarem com suas ideias. E tudo começa com a fala, a expressão oral, o discurso. A internet com suas redes "antissociais" deu visibilidade a estes excrementos humanos e suas visões distorcidas da realidade. Sempre existiram, mas agiam no anonimato e agora reúnem em mamada de criaturas de mentes doentes que se alimentam de tais pensamentos.

Atualmente existe um grande debate acerca da linha tênue entre liberdade de expressão e discurso de ódio. O primeiro é fundamental para uma democracia existir, o outro, por sua vez, representa uma fala intolerante, sem empatia e que potencializa os maios diversos tipos de preconceitos.

Sendo assim, existe a necessidade de se compreender o que caracteriza um discurso de ódio e quão prejudicial ele pode ser para uma sociedade democrática e eticamente humana. 

Os discursos de ódio se apresentam com ideias que incitam a discriminação racial, social ou religiosa em determinados grupos, na maioria das vezes, as minorias e também pode ser caracterizado como  manifestações de ódio, desprezo ou intolerância contra determinados grupos, motivadas por preconceitos. São conceitos ainda em construção. O que realmente deve ser objeto de nossa reflexão é identificar os motivos e as razões que estão levando a humanidade para estes caminhos de degredo.     

Um dos exemplos mais terríveis da bestialidade humana motivada por ódio foi o regime nazista, que perdurou durante a Segunda Guerra Mundial e pregava, dentre outras ideologias, o antissemitismo (ódio e preconceito contra os judeus). Este é um exemplo mais duro — por se tratar de um regime totalitário —, mas que nos mostra que este discurso já pôde alcançar proporções inimagináveis, bem como perdas incontáveis e irreparáveis. O discurso de ódio nasce nessas singularidades e particularidades humanas como a origem e identidade de gênero/orientação sexual, como se estas rebaixassem o indivíduo e o tornassem menos ser humano do que alguém que não está em uma dessas “classificações”. Essa hierarquização de seres humanos, levando especialmente em consideração aspectos biológicos, foi classificado pela literatura especializada como eugenia

As considerações ora feitas buscam tentar nos chamar a atenção para as maneiras como nós estamos nos tratando mutuamente. São reflexões carregadas de medo, mas também de esperança. 

Nossa caminhada pelo mundo é feita de encontros e desencontros e principalmente de relações; essas relações por sua vez se dão nos mais diversos lugares e a internet, assim como qualquer outro espaço ou ferramenta, pode ser usada para potencializar boas e más ações. Por se tratar de um espaço imenso, muitas pessoas acreditam que a internet é terra sem lei, ou seja, que é permitido agir da maneira que lhes convém, sem lidar com as consequências. Por isso é comum vermos comentários intolerantes nas redes sociais. E é na internet que indivíduos fanáticos e embriagados pela ignorância se reúnem e se unem em torno de tais ideias e ideais doentios.

Temos que nos reconectar não somente pelas infovias mas, principalmente pelo olhar, pela beleza nas rodas de conversa e pela defesa da vida.



sábado, 24 de dezembro de 2022

Sobre o Natal. Rou, rou, rou.

Queria sentir-me diferente nesta data mas, não consigo. Uma avalanche de tristeza me consome. Participo das confraternizações. Gosto. Até ajudo a organizar.  Já fiz muito isso.

Mas não aguento. É prostituição demais!!!
Sabemos que o Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro. Porém , já que esta foi a data escolhida pela humanidade para celebrar seu nascimento, deviam pelo menos respeitar um pouco mais.

Hoje, se você não comer peru, não fez natal na sua casa. Aliás, peru não. Come-se um tal de " Chester" - Uma ave produzida em laboratório e que ninguém nunca viu uma imagem dela.

Tem-se ainda as nozes, uvas, o panetone, o bacalhau e uma série de outros petiscos que se convencionou serem os símbolos do natal.

E não podemos esquecer dele é lógico, O PAPAI NOEL. Um personagem meigo, gentil e que distribui presentes. Ele está em todo lugar. Nas camisas, nas vitrines, nos cartazes. Escala paredes de shopping e desce de helicópteros. Ele é na verdade o grande símbolo do Natal.

Cristo! Onde? Pra quê?

E a propósito, na própria Bíblia não há nenhuma menção a este dia. "O Novo Testamento não faz menção a nenhum dia específico do nascimento de Jesus. Inclusive, a palavra 'Natal' não aparece. Na Bíblia, há relatos dos evangelistas sobre o nascimento de Jesus. E eram considerados relatos apenas para confirmar a maneira que Jesus nasceu".

Mas, é natal.

Mais um natal, onde o papai noel é, de novo, o principal personagem. 
Mais um ano novo, que de novo pode até ser mas, a História é cíclica. 
Mais um ano de trabalho na escola pública. Tive alegrias com meus alunos e tristezas com outros elementos.
Mais uma vez, busquei com a Geografia, ajudar meus alunos a ler o mundo.
Grande desafio, tornar a Filosofia mais real. 
2022, muito turbulento para mim.
E quanto ao fim do mundo... 

É realmente o fim para quem quiser. É cada um de nós que o destrói.

Ah, e a minha vizinha...

Minha vizinha extremamente preocupada na véspera do natal:

- Meu Deus ainda não consegui encontrar nozes para a ceia!  
   Ainda não fechei a lista de presentes, e o peru; natal sem peru não existe.
  Ah, Henrique, feliz natal.
 
E, no ano novo, a história continua:
 
Temos que vestir branco, pois traz paz.
Temos que vestir amarelo, pois traz riqueza.
Ano novo, vida nova.
 
É verdade mesmo?
 
O que faz o ano ser novo, se apenas viramos a página do calendário?
Por que o ano novo será melhor, se continuamos com as mesmas atitudes?
O ano novo não é apenas uma convenção social?
 
É como o Pai Nosso: "... perdoai nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido"
- Você realmente perdoa quem te ofende? Ou será que vives "vomitando o Pai Nosso".  
 
Feliz Natal!

Feliz Ano Novo!



segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

No final tu, e tua arrogância, viram tu: BOSTA!

Roupas, enfeites, joias, palácios, carruagens, carros e aviões. Lápides, sarcófagos, urnas funerárias e caixões cobertos de ouro. Alguns indivíduos humanos desde os tempos remotos sempre procuraram encontrar e inventar algo para diferencia-los. O intuito é se auto afirmar, ser superior aos demais; demonstrar poder e dizer: EU tenho, EU posso, EU faço, EU aconteço.

A humanidade deste tempos imemoriais por exemplo, já mantinha uma relação próxima entre o ouro e comida. Isso vem de longe. Há cerca de 05 mil anos, os egípcios ingeriam ouro porque acreditavam que o metal tinha algum poder de purificação do corpo e da mente. Ao longo dos séculos, o metal passou a ser sinônimo de riqueza, de mérito ou em demonstrações de importância nas relações afetivas, nos casos das joias e demais adereços presenteados em noivados e casamentos. Até CARNE COBERTA DE OURO inventaram.

Observando os tempos atuais e as condições de vida da grande maioria dos seres humanos do planeta que passam fome e que estão MORRENDO DE FOME, ver outros seres humanos comendo carne banhada com ouro além de uma uma grosseria é de uma insensibilidade tamanha que chega a ser hediondo. A situação de insegurança alimentar no mundo parece não incomodar esta "casta" de seres que se acham "superiores."

Ainda bem e, se é que existe algo positivo nesta situação dantesca é que no final das contas, somos todos iguais. TODOS mijam, peidam, vomitam, cagam, tem diarreia, FEDEM, e como TODO MUNDO, MORREM. Ainda bem que no final, TUDO VIRA BOSTA. Tudo vira pó. Tudo vira você.



sábado, 24 de setembro de 2022

Brasil, Meio Ambiente e um governo negacionista.

Triste realidade vive o Brasil desde que um representante da putrefata extrema- direita assume o governo do país a partir de 2019. Como se não bastasse a defesa de uma visão machista e patriarcal da sociedade, perseguição às políticas de inclusão e programas sociais, o Brasil que, antes era considerado um modelo e uma potência ambiental, tem figurado entre os poucos países liderados por negacionistas que se excluem de responsabilidades ambientais e de acordos internacionais. Além disso, o atual governo ataca a ciência em diferentes frentes, promove um significativo desmanche da legislação e fiscalização ambiental e contribui diretamente com a acelerada destruição e degradação de hábitats naturais. Hoje percebe-se que a atual política governamental do desgoverno bolsonaro ameaça toda a biodiversidade brasileira e consequentemente a vida da população local e global.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Essas são as minhas ideologias - É aqui que eu te falo as minhas.

Cá estou em sala de aula dialogando com estudantes sobre o conceito e as características das diferentes ideologias que permeiam a humanidade. Eis que no dia seguinte uma estudante me apresenta um escrito que fez, inspirada na minha aula. Sabe gente, é como sempre digo: a Educação tem que Emocionar, Transformar e Revolucionar. Eu acredito nisso. 

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Por: Maria Martins*

Essas são as minhas ideologias                            

É aqui que eu te falo as minhas 

O preconceito matou mais de 5 mil da comunidade LGBT em 20 anos
E ainda hoje as estáticas seguem aumentando
Todo dia, toda hora, toda semana
E tem gente que ache normal tudo isso
Sinceramente, eu tô cansada disso
Eu amar alguém do mesmo gênero não é errado
Errado é esse seu preconceito que geralmente nem se disfarça
Tá exposto na tua cara

Eles acham feio o filho brincar de boneca 
Mas acham bonito o filho fazer arminha com a mão
Sinceramente, não entendo não

Eu sou livre para amar quem eu quiser
A minha liberdade eles nunca vão tirar de mim

O orgulho não é exatamente por ser LGBT,mas sim por ter coragem de ser o que somos em um mundo que tenta nos fazer desistir todos os dias.

"O Brasil é o o pais que mais mata pessoas LGBTS no mundo"
Toda vez que vejo isso me dá uma tristeza
Eles nunca vão saber o que é viver com medo
O medo de não voltar pra casa
E virar só mais uma estática

O que pra eles é considerado "errado "para nós é um acerto
Amor é amor 
Errado é o preconceito 

Essa são as minhas ideologias
É aqui que eu te falo as minhas

O feminicídio aumenta todo os dias
Uma mulher é vítima de violência a cada 5 horas

Imagina se homem tivesse nojo de estupro como tem de menstruação

Eles dizem que foi estuprada por conta da saia e por conta do decote
Que sempre a culpa é da vítima e não do agressor 

O estupro veio muito antes da saia

Tem várias crianças que são estupradas, será que vão dizer que a culpa era da fralda que ela usava?

Eles falam que somos histéricas
Mas,na verdade,Não somos histéricas,somos históricas

Assédio acontece em qualquer lugar
Eles acha que só pelo os ônibus serem públicos nossos corpos também são 
Se encostar, um tapa bem dado tu vai levar

Respeita as minas,rapaz

Essa são as minhas ideologias
É aqui que eu te falo as minhas

Milhões de brasileiros estão na pobreza
E quanto mais o tempo passa o índice da pobreza só aumenta

Deputados, senadores e prefeitos
Vão em favelas e até abraçam os pobres
Mas quando o povo pede comida
Eles fingem que não escutam
É como se gritassem e não recebessem respostas
Só amam pobres e periféricos quando a câmera tá ligada

Eles falam que "é só trabalhar"
Mas isso é fácil falar
Porque tudo o que pedem o pai dá

Tem gente por aí comendo lixo
E pra eles isso não importa
Mas na hora da fotinha e se pagar de empático todo mundo se empolga
Mas na hora de ajudar o povo não sobra uma alma viva

Pra eles tudo é mi mi
Falam que ninguém passa dificuldade e que tá tudo bem com a economia e que todo mundo tá feliz
Mas só que nesse mundinho e nesse cérebro pequeno deles nada acontece 
O povo já fez várias preces

Enquanto o filho da patroa pede um "iPad"
o filho da empregada "vai lá e pede"
Falam que somos todos iguais
Mas isso não existe

Muita gente não tolera a igualdade social.
Porque pra eles, qualidade de vida não é viver bem, mas se sentir melhor que os outros

Uns com tudo e outros com nada
A desigualdade mata

Na bandeira do Brasil tem "ordem e progresso"
Mas a verdade mesmo é que a frase que cairia bem é "desordem e retrocesso"

Essa é a minha ideologia 

*Estudante do Ensino Médio - Escola Estadual Anísio Teixeira/Fortaleza/Ceará/Setembro de 2022 d.C.

 

domingo, 29 de maio de 2022

Sobre os Desejos.

O que faz nosso olho brilhar? O que desperta nossa atenção? O que faz a gente sonhar? O que impulsiona nossos desejos? 

Pitágoras nos diz que somos mortais diante dos temores mas, somos imortais por nossos desejos. E, logo depois dele Sócrates afirmou que tendo o mínimo de desejo chega-se perto dos desuses. No entanto, se  contrapondo a ambos Epicteto já pensa diferente e declama: desterra de ti os desejos e nada terás que ti tiranize.    

Sim, independente dos desejos nos conduzir à busca ou nos aprisionar na mesma é necessário que os observemos e os entendamos. Nossa busca eterna pela felicidade pode ser orgânica ou carregada de fetiches, no pensamento de Guy Debord. Fetiches esses criados e pensados por outrem. No mundo-mundo de hoje onde as mercadorias ganharam vida e o mundo virtual se tornou real para grande parte das pessoas, tais desejos e sejam eles quais forem, estão viciados e carregados de intencionalidades pré-fabricadas. 

Assim o sendo, chamo a atenção para o trabalho pedagógico em sala de aula e, em particular o espaço da escola pública nos rincões dos sertões e nas periferias das metrópoles. Neste lócus encontramos crianças, adolescentes e jovens com seus desejos, necessidades e vontades.

E, quais são os desejos da incipiente juventude nesta segunda década do século XXI? O que buscam? O que querem? Não sei responder a tais inquietudes, mas de uma coisa eu sei, percebo, sinto: não é  a escola um dos lugares de busca. A pseudocultura do imediatismo e da ostentação efêmera e volátil esta dominando. É um grande desafio para os(as) professores(as) mostrar que o mundo virtual não é real e que o que o que queremos consumir nem sempre é o que realmente necessitamos.

Há uma aura de inquietude no ar. Mas, não um incômodo reflexivo e transformador da realidade e sim, uma busca por satisfazer vontades construídas sobre aparências. Então, glamuriza-se os objetos e sexualiza-se ao máximo o corpo; corpo este que precisa estar "harmonizado".

Ostentar é moda da vez. Exibir roupas, bebidas, carros e cordões de preferencia bem grossos é o que pode me tornar visto e admirado. Não importa se não tenho uma casa própria para morar e a comida seja pouca e ruim. Eu, estando bem na selfie é o que interessa. E a forma de atingir este mundo de aparências e de objetos tem que ser a mais rápida possível.  

É onde as atividades ilícitas com cara de aventura, conquista.

E, a Escola, está quase sozinha.

...Continua...    

Henrique Gomes de Lima - Aprendiz de Professor, há 24 anos.

sábado, 5 de março de 2022

LIXO HUMANO.

Criatura imunda - O nome do excremento é "arthur da val" ou "mamãe falei", não importa, pois nem seu nome próprio a praga usa. É um lixo humano eleito deputado estadual por São Paulo e que ser governador do Estado. E como todos os bolsonaristas, desprezíveis. Para se mostrar, foi à Urânia procurar mídia. Lá chegando e diante das mulheres em fuga para sobreviver o escroto afirma: " não peguei ninguém ainda, mas colei em duas. ELAS SÃO FÁCEIS, PORQUE SÃO POBRES".

É assim que se comportam indivíduos da extrema direita, seres nojentos; é assim que se comportam populistas e que se dizem "cidadãos de bem e defensores da família". É esse tipo de gente que vota em bolsonaro e em moro. Não confio crianças e nem mulheres sozinhas com um indivíduo desses. São capazes de tudo. Te tudo que é ruim. O elemento sai do Brasil e vai a um país em guerra humilhar e assediar suas mulheres. O bolsonarismo e o machismo são um câncer social.

Este ser imundo olhou para as mulheres ucranianas como meros pedaços de carne. E como sempre lá vem este VAGADUNDO dizer que sua fala foi exposta fora de contexto. Só há um contexto seu lixo, seu excremento, criatura imunda, putrefata: o contexto de uma guerra em que mulheres fogem de seu país com medo de serem mortas, agredidas e estupradas com o caos.

Um covarde que desrespeita a todas as mulheres no mês em que comemoramos o seu dia internacional. Faz isso tudo com o dinheiro do povo. Não merece nada menos do que a sua cassação e não mão de peia.

Esta coisa ridícula NUNCA FOI, NÃO É E JAMAIS SERÁ UM HOMEM.

Na imagem acima tem dois excrementos, dois lixo humano. O tal de arthur da val e o filhote do bolsonaro, eduardo bananinha. Até a foto fede.





terça-feira, 1 de março de 2022

Guerra não faz grande ninguém.

Mundo 2022 d.C. Rússia invade Ucrânia. EUA e Europa bradam. Mas, já fizeram o mesmo em um passado recente. Poder, arrogância, ignorância...A fome no mundo, as doenças no mundo, o aquecimento do do mundo e, os homens brigando. Depois de tantos séculos, não aprendemos NADA.

Não há mocinhos nesta guerra. EUA, Europa, OTAN, Ucrânia, Rússia...Há só interesse: interesse em território, interesse em recursos naturais; interesse em dominar e não somente com ideias, dominar pelo medo, pela força, pelas armas, pela morte.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Sim, Eu Acredito no Poder da Educação.

A licença emitida pela universidade para exercer o magistério é apenas uma das condições que o(a) indivíduo(a) que pretende ser professo(a) deve buscar adquirir. O ser e o fazer-se professor (a) é uma decisão de vida, uma escolha política e uma busca diária. Esta convicção vem dos últimos vinte e três anos vividos nas escolas, ministrando aulas para crianças, adolescentes, adultos e idosos. E, baseado nesta prática digo que o fazer educação só se firma quando o(a) professor(a) busca construir sua práxis pedagógica de forma dialógica e sedimentada sobre a autenticidade, a aceitação incondicional e a empatia.

A educação deve ser para todos (as). Infelizmente ainda há quem afirme que devemos ensinar só para quem quer. Digo exatamente o contrário. Devemos buscar construir o conhecimento junto àqueles (as) que acham que não querem e, principalmente junto aos que estão limitados por condições físicas, psicológicas e/ou sociais. É neste instante que o(a) professor(a) precisa ser reflexivo, um(a) observador(a) constante e crítico da sua própria prática.  

Para que a educação atinja seus objetivos de promover a liberdade do estudante, ensinando-o a lidar de maneira orgânica com seu ambiente e a agir por si próprio, tornando-lhe independente e ao mesmo tempo um ser coletivo, cabe a cada instituição de ensino, aos profissionais e os órgãos governamentais pesquisar, desenvolver formas, estratégias e práticas que consigam não somente acolher, mas, oportunizar a cada estudante uma aprendizagem significativa.

Lecionar é para fortes. Lecionar é para quem sangue no olho. Lecionar é para quem acredita.

Acredito que uma educação feita de forma holística pode alcançar a formação de um sujeito ativo como um ser ético, histórico, crítico, reflexivo, humanizado e transformador do espaço onde está inserido.

Só amamos o que conhecemos e só podemos nos educar em comunhão. Assim sendo, o conhecimento que pode contribuir para uma práxis verdadeira, orgânica e consciente. E realizar tal tarefa é muito difícil e desafiador. Fazer Ciência é ter muito claro sua finalidade, é saber que o conhecimento tira “a remela” dos olhos, o excesso de cerume dos ouvidos, as travas da língua, o ceroto da pele e ainda ajuda a rasgar o véu da ignorância. Devemos fazer uma ciência para que as pessoas consigam sentir o cheiro dos lugares, o som das palavras ou perceber os espectros que escondem a realidade. E a quem deve servir essa Ciência? Aos homens e às mulheres livres e não livres; aos jovens, às crianças e aos idosos. Às comunidades, aos guetos, às diversas tribos sejam do campo, da cidade ou da floresta. E deve dirigir-se ainda principalmente para quem não a quer. Conforme já disse anteriormente. 

Essa pratica científica é feita quando oportunizamos aos estudantes a pedagogia do encontro e do diálogo. É uma Ciência feita com sons, cheiros, sabores, movimentos e pausas. Ela deve levar-lhe para caminhar com os cegos e com estes tocar os elementos, dançar com o hiperativo e sorrir com o down.  

Façamos uma Escola para a vida; para que possa correr pelo corpo como correm os rios pelas entranhas da terra; que faça das palavras soltas ideias que coloquem a sociedade para tremer e que as imagens cambiantes das paisagens sejam percebidas como a simplicidade do arrepio da pele.



sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Então é Natal, de novo.

Por gentileza, já que esta convenção do 25 de Dezembro como aniversário do nascimento de Cristo é posta e celebrada, então respeitem-na.

Acho muito esquisito, aqueles(as) que se dizem Cristãos afirmarem que: se não tiver peru não tem natal; se não tiver pernil, não tem natal; se não tiver tender, não tiver natal; se não tiver chester, bacalhau, uvas, pêssegos, amendoadas e troca de presentes, não tem não natal. Mas, o que é o natal?

Ah tá, é o aniversário de nascimento de Jesus Cristo. Cristo? Mentira! Mas, só se fala em comer, beber...Beber e comer e ainda tem um tal de papai noel, uma criatura fictícia e que está estampada em todos os lugares. E Cristo? Cadê Jesus Cristo nessa parada toda?



 

domingo, 21 de novembro de 2021

Uma Grande Mulher - Heloneida Studart.

Heloneida Studart é uma escritora cearense , ensaísta, teatróloga, jornalista, defensora dos direitos das mulheres e política brasileira. Foi seis vezes deputada estadual do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores. 

Foi uma voz ativa pela licença-maternidade de 120 dias e criou lei que garante às mães pobres testes gratuitos de DNA para responsabilizar pais. 

Com apenas nove anos, ainda estudante do colégio de freiras Imaculada Conceição de Fortaleza, escreveu sua primeira história, a que deu o título de "A menina que fugiu do frio". Aos 16 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e tornou-se colunista do jornal "O Nordeste" . Publicou, em 1953, seu primeiro romance, "A primeira pedra", e, quatro anos depois, seria premiada pela Academia Brasileira de Letras pelo segundo título publicado, "Dize-me teu nome."


Esta é uma pequena parte da história desta grande mulher, desta grande brasileira. Faleceu em dezembro de 2007. Voltou para o Cosmos, mas nos deixa uma vasta produção intelectual sempre contemporânea e necessária.

Nestes últimos dias de novembro de 2021, um de seus textos publicado no Jornal  do Brasil em fevereiro de 2001, voltou a causar repercussão na internet, intitulado " o poder desarmado" nele a autora relata fatos e situações de posse, dominação e humilhação aos quais meninas e mulheres são submetidas ao longo da vida em um mundo, em um Brasil machista. O texto esta sendo atribuído a grande compositora e cantora Rita Lee, mas é na verdade de Heloneida Studart. 

Eis o texto.
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O poder desarmado

Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente esqueceu, morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre e a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres. Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas.
 
Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E, com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres; as baixinhas, as gordas, as de óculos; um sentimento de perda de auto-estima. Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composta de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torna-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derrama-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência. É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz.

E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d’água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer à ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.

Viva Rita Lee que canta:

“nem toda feiticeira é corcunda,
nem toda brasileira é bunda
e meu peito não é de silicone…
sou mais macho que muito homem”.



 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Liberdade, Abre as Asas sobre Nós!


Há 132 anos passados, o marechal Deodoro da Fonseca se juntava a tropas de rebelados no Campo de Santana, no Centro do Rio. Sem resistência, a monarquia caiu, e Dom Pedro II e sua família foram expulsos do país no dia seguinte.

Segundo relatos de historiadores no dia 15 de Novembro de 1889 o tal do Deodoro, estava se recuperando de uma crise de asma e decidiu apoiar o crescente movimento contra Pedro II. Vizinho do então chamado Campo da Aclimação, desceu de casa e se encontrou com militares enfileirados diante do Quartel-General do Império — onde hoje é o Palácio Duque de Caxias.

Tinha um monte de gente insatisfeita com o a Monarquia. O regime já não correspondia às vontades da população, principalmente a elite burguesa em nascimento e ex-barões da agropecuária. Em paralelo, desde a Guerra do Paraguai, nos anos 1870, o Exército com fome de poder, estava fazendo o maior barraco por mais participação no governo — no que não era atendido. E ainda havia a cambada de vampiros que estava com atrito com Pedro II e exigia indenização pela libertação dos escravos com a Lei Áurea, de 1888.

E crescia no Sudeste, substituindo o Nordeste como pólo econômico, a influência do positivismo — de onde veio o lema “Ordem e progresso” estampado em nossa bandeira.

Pois bem, aqui estamos nós, 132 depois, com a nossa República. Nossa jovem República; cheia de erros e problemas. E é nossa responsabilidade cuidar e defendê-la. Não permitindo que golpistas, aventureiros, incompetentes, corruptos e elementos com tendências autoritárias cheguem e queiram baldear nossa história; que já não é das melhores.    


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

A Ordem Nacional do Mérito Científico - Brasil, 2021.

Professor RECUSA Ordem do Mérito Científico dada por bolsonaro.

A Ordem Nacional do Mérito Científico é uma ordem honorífica concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecimento das suas contribuições científicas e técnicas para o desenvolvimento da ciência no Brasil.
O epidemiologista Cesar Victora, Professor Emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, anunciou que recusou a medalha de Ordem do Mérito Científico dada pelo governo de jair bolsonaro.
O professor, que indica ter posições contrárias ao governo em relação ao combate da pandemia de covid-19, aprofundou ainda mais suas críticas. “Mais ainda, enquanto cientista não consigo compactuar com a forma pela qual o negacionismo em geral, as perseguições a colegas cientistas e em especial os recentes cortes nos orçamentos federais para a ciência têm sido utilizados como ferramentas para retroceder os importantes progressos alcançados pela comunidade cientifica brasileira nas últimas décadas”, escreveu.
Taí. É assim que se porta um homem digno, ético e com moral acadêmica e científica. Não se permite ter sua honra manchada por um ser tão medíocre e insignificante quanto o atual pseudo presidente.
Enquanto isso, o negacionista e incentivador do uso da cloroquina no tratamento da covid-19, jair REVOGOU a condecoração da Ordem Nacional do Mérito Científico que havia concedido ao infectologista Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, que demonstrou, de maneira pioneira, a ineficácia da droga contra o coronavírus. No mesmo ato, bolsonaro retirou da lista de homenageados a sanitarista Adele Schwartz Benzaken, exonerada da direção do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde por causa da publicação de uma cartilha para homens trans.
É como venho afirmando nos últimos dois anos: apenas pessoas ingênuas, ignorantes ou de puro mal caratismo ainda defendem um desgoverno imundo desses.
O bolsonarismo e o bolsonaro são um câncer social.



terça-feira, 2 de novembro de 2021

Aos que acreditam...Incorruptível, só DEUS!

Jovens soldados já foram assassinados dentro das dependências das Forças Armadas. Carros das Forças Armadas já foram usados para traficar drogas. Aviões das Forças Armadas já foram usados para traficar drogas. Membros das Forças Armadas já foram condenados por corrupção na distribuição de água no nordeste. Carros- pipas e propina, IMAGINEM! ...E POR AÍ VAI...

Levantamento inédito feito com dados fornecidos pelo STM (Superior Tribunal Militar) a pedido do UOL mostra que, entre 2010 e 2017, 132 militares das Forças Armadas foram condenados pela Justiça Militar pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa. Outros 299 militares ainda aguardam julgamento. Nesse período, pelo menos 12 oficiais foram expulsos e perderam seus postos e patentes por crimes ligados a desvios de recursos públicos das Forças Armadas
Claro, lógico, evidente e GRAÇAS A DEUS, SÃO CASOS ISOLADOS.
Mas, as Forças Armadas NÃO SÃO ENTES INCORRUPTÍVEIS, ABSOLUTOS e acima de quaisquer suspeita. Tem corrupção sim!

E, se esses milicos que foram para o ministério da saúde e o lotearam não são corruptos, não no mínimo INCOMPETENTES! Ou como afirma o MPF (Ministério público Federal) fizeram uma gestão GRAVEMENTE INEFICIENTE.
E a propósito senhores generais e tropa: vocês são FUNCIONÁRIOS DO POVO. Quem paga seus soldos é o trabalho suado e HONESTO de cada brasileiro(a). Quem paga a estrutura dos seus ótimos hospitais é o povo; quem paga seus abastados banquetes é o povo, até as cervejas caríssimas e o leite condensado também somos nós O POVO. Agora, tenham o mínimo de bom senso, o mínimo de respeito à hierarquia militar e a população brasileira, DEIXEM A POLÍTICA PARTIDÁRIA vão cuidar das fronteiras; vão cuidar da Amazônia; vão cuidar dos mares! Coloquem suas estruturas a serviço da segurança pública... ISSO É UMA ORDEM!
Aos que acreditam...Incorruptível, só DEUS!


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Metaverso.

Bem vindos ao metaverso...Isso é bom ou ruim? O que real? O que é virtual? Até que ponto esses dois mundos interligados podem influenciar nas relações humanas e na eterna construção das sociedades?

O que é metaverso? Quais os planos de Mark Zuckerberg? Em evento no qual anunciou mudança de nome do Facebook, o fundador da empresa aposta na plataforma como ambiente híbrido entre real e virtual. Este conceito vindo da ficção científica já é explorado na indústria tecnológica.

A palavra - meta - vem do grego e significa algo como - além. Na ideia que agora emerge, o metaverso é a realidade virtual e segundo especialistas da área, ele é na verdade muito mais do que isso. Muitos apostam que ele é o próprio futuro da internet. Pergunto: o futuro da internet, também é o futuro humano?

Agora, tentem "sentir" como será.  Em vez de precisar estar em frente a um computador ou celular para se conectar, as pessoas em um metaverso podem usar uma espécie de fone de ouvido para mergulharem em todo tipo de ambiente virtual — desde shows, confraternizações com amigos e parentes e reuniões de trabalho.

Nesse mundo digital, cada usuário teria um avatar pra chamar de seu, um bonequinho que seria uma representação de si mesmo.

Pois bem. A humanidade esta mergulhando cada vez mais no dinamismo estático das infovias. A realidade virtual proporcionando emoções que parecem tão reais ao passo que são tão efêmeras. Nunca estivemos tão conectados e ao mesmo tempo parece que nunca estivemos tão sós.

Amizade, tem que ser real. Amor, tem que ser real. Até o conflito tem que ser real. A fome é real e a desigualdade entre os seres humanos também é bem real. As soluções PRECISAM TAMBÉM, ser reais.

Que venha o metaverso. Que venha o multiverso. E que nos aproxime, de verdade; e que não nos deixemos envolver por um mundo que parece dinâmico, mas que pode ser muito frio e que pode nos desumanizar, cada vez mais.



domingo, 24 de outubro de 2021

Política é uma Delícia.

Acreditamos que uma escola tem o dever social, ético e moral de proporcionar reflexões acerca dos acontecimentos políticos, afinal de contas trabalhamos com a construção de conhecimentos e com a formação de opiniões.

É imprescindível que a escola não se furte nem se omita ante a fato tão importante para todos nós que formamos o Brasil. Se a política é uma mentira como afirmam falas de corredores, é somente no debate e na vivências que poderemos aprender alguma lição.



terça-feira, 12 de outubro de 2021

FÉ.

A fé, o dedo e a língua.

Desde que surgiram as religiões a violência no mundo aumentou exponencialmente. Muito povos e nações começaram a matar outros povos e nações em nome de "Deus".

As Cruzadas, as "Guerras Santas", a colonização cultural nada mais são que o vomito da ignorância e a busca frenética pelo controle e poder; é Geopolítica pura e simples.

Para além das religiões contaminadas por suas tradições pagãs venho aqui falar e defender a FÉ.

Mas o que é fé?

Segundo a literatura a fé é uma palavra que significa confiança, crença e credibilidade. A fé é um sentimento de total de credulidade em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade e a existência desse algo ou desse alguém. Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. De acordo com a etimologia, a palavra fé tem origem no Grego "pistia" que indica a noção de acreditar e no Latim "fides", que remete para uma atitude de fidelidade.

Vejo a fé como algo sublime, belo e cheio de simbolismos e carregado de energia: energia vital, energia emocional, energia quântica, energia sobrenatural.... 

A fé é algo individual, pessoal, íntimo e está para além de qualificações, especificações e juízos de valor.

É como dizem: a fé remove montanhas e a fé cura.

É maravilhoso  o indivíduo que tem fé.

É fétido o indivíduo que quer enfiar sua fé guela a baixo nos outros.
É carregada de demônios a criatura que desqualifica, desdenha e debocha da fé do seu próximo.
Mas a fé não pode  alienar. A fé não pode cegar.

 Seria fé algo utópico?

Saibamos viver a fé. Tomemos cuidado para não ficarmos mensurando quem tem " fé demais" ou " fé de menos". A fé não esta nem na ponta do dedo nem na ponta da língua. E por falar em dedo e língua:

O dedo aponta,
O dedo arranha,
O dedo coça,
O dedo fere,
O dedo enfia.
A língua acusa,
A língua abusa,
A língua cospe,
A língua lambe.

Então senhor e senhora metidos a bestas e arrogantes:

Enfiem o dedo e engulam a língua no local do seu corpo que lhes der mais prazer.


Salve Rainha, Mãe de Misericórdia.

 Salve Rainha, Mãe de Misericórdia,

Vida, doçura e esperança nossa, salve!
A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa,
Esses Vossos olhos misericordiosos
A nós volvei,
E, depois desse desterro,
Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso Ventre.
Ó Clemente, Ó Piedosa, Ó Doce Sempre Virgem Maria.

Rogai por nós Santa Mãe de Deus,
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.