domingo, 27 de março de 2016

Droga, que erro - Erro, que droga!

Acontece, embriaga, entontece.
Chega, some, aparece, desaparece.

Fraqueza, tristeza, frieza.
Solidão de mais, medo demais, amor demais.
Se instala, mora, não quer ir embora.

Apontam, acusam, desmontam.
Te exigem aquilo que nunca tiveram.

Desculpem, lamento não sou obrigado.
Te ouço, respeito, aceito teu eito.

Desculpe senhor.
Lamento senhora.
Obrigado por tudo.
Estou indo agora.

O que é o mundo - Parte III

O mundo é:

Algo presente em todo vivente,
é obscuro, é escuro,
ele é meu, ele é seu, ele é nosso.

O mundo é:

Calmo, manso, é um encanto,
Também é um estrondo, 
que se retrai, que se contrai,
que repulsa, que atrai.

O mundo se fecha, o mundo se  abre,
queria você ou não,
não há controle,
não há botão.

O mundo expulsa, o mundo acolhe,
O mundo explode, o mundo dorme.

O mundo é rugoso,
 o mundo é  elástico,
O mundo é orgânico,
às vezes de plástico.

O mundo sou eu,
O mundo és tu.
O mundo é o ômega,
é alfa, é andrômeda.

É o toco do oco
queimado no limbo.

É a alma do vento,
correndo ao relento,
vagando na ponte
do elipsoide. 

É o angu do menino nu
que passeia no tempo.

O mundo é tão grande,
O mundo é tão é pequeno,
O mundo é tão gigante,
O mundo é tão sereno.

O mundo sou eu,
O mundo és tu,
O mundo é de carne,
É espírito cru.
O mundo é um pássaro,
tão belo quão urubu.

Ah, ia esquecendo:
- O mundo é um cu. 

domingo, 20 de março de 2016

Desculpem, não sei.

Quarta-feira, 15:30min, dia 16 de março de 2016 d.C.

Estou no auditório da Escola AB, sentado no chão, emoldurado por duas centenas de estudantes, junto de colegas professores, luzes apagadas, e, depois de falar-lhes fico assistindo e ouvindo com todos um vídeo com imagens grotescas da Ditadura militar brasileira tendo ainda como fundo musical a composição metafísica de Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores. Todo mundo se preparando para a II Marcha em defesa da Educação Pública. Começo a cantar junto mas, a voz embarga; baixo a cabeça. 

Coisas passam na minha frente. Leciono ha vinte anos - Será que estou fazendo um bom trabalho? Será que as posturas e pensamentos que defendo atualmente são dignos de respeito? Será que estou ofendendo ou magoando pessoas que conheço, que me conhecem ou que nunca vi? Vale a pena tudo isso? Estou ferindo? Estou me ferindo? 

Estou cansado. Estou preocupado. Preocupado com muita coisa: os problemas de saúde de minha velha mãe, os problemas de relacionamento com minhas irmãs; preocupado com o futuro político e social do Brasil, preocupado ainda com as pessoas que magoei e as fiz sofrer, preocupado com minhas perturbações e tentações internas. Estou ficando velho, não sei se continuo solteiro;  não sei se me caso ou me amancebo e também nem com quem. Quero ser pai: não sei se fabrico uma criança biológica ou se vou no lixo mais próximo e pego uma ... não sei, não sei...Chorei calado.                   
Também não sei quem fez esta foto.

sábado, 19 de março de 2016

A Globo é lixo - Por Paulo Henrique Amorim

A Rede Globo é imbatível quando trata-se de teledramaturgia.  Os melhores autores, os melhores diretores e os melhores atores e atrizes estão lá. Seus telejornais são perfeitamente bem editados.

Mas, a Rede Globo tem lado, não é imparcial, como nada o é. No caso da Globo seu lado é muito claro: os grandes grupos econômicos do mundo, as famílias quatrocentonas do Sudeste e o poder político que não ameace sua hegemonia.

Para entender um pouco como isso tudo funciona assista ao vídeo abaixo  do conceituado jornalista Paulo Henrique Amorim.


Brasil: manifestações 2016 - Para interpretar.

Todo honra e todo apoio a ainda jovem e ainda frágil Democracia Brasileira.
Nunca nos esqueçamos daqueles que lutaram por ela.
Nunca nos esqueçamos daqueles que morreram por ela.

Muito cuidado cidadãos, quando as elites se juntam quem mais sofre é o assalariado. Quem sofre é o pobre. Quem mais sofrem são os povos tradicionais. Quem mais sofrem são as mulheres negras e pobres. Quem mais sofrem são os jovens pretos e pobres. Quem mais sofrem são os ficaram calados durante quatro séculos e com muita luta conquistaram recentemente um pouco do direito a comer e estudar.
1964 esta batendo na porta. Se não tivermos cuidado ele a arromba. nos prende e nos mata.
Para sua análise assista ao comentário do conceituado Jornalista Paulo Henrique Amorim.