segunda-feira, 7 de abril de 2014

Conceituando PIRIGUETE.

Nestes 15 anos de magistério venho desenvolvendo algumas práticas e posturas que já fazem parte do discurso em sala de aula. Tenho a hábito de chamar as alunas de lindas, senhoritas e princesas. Certa vez ao dirigir-me a uma delas com tais termos a mesma se ofendeu e com ar de deboche respondeu:

- Negócio de princesa, detesto isso. Isso "né pra mim não". Logo em seguida um rapaz a chamou de " cumade" e "piriguete". E pelo que percebi, ela gostou, tanto é que saiu levantado o " cóis" da calça e enfiando ao máximo na " regada da bunda" e se contorcendo todinha como se fosse uma minhoca.

- Uma visão do inferno! 
Diante desta situação trago aos senhores e senhoras meu conceito de piriguete baseado em observações e nas falas da grande maioria dos machos.
- Piriquete é uma FÊMEA, que os machos usam uma, duas ou no máximo três vezes. Usam e abusam, depois vomitam ou a cospem fora e às vezes também pisam em cima. É um objeto chulo, uma coisa descartável e passível de deboche. Muitos olham e a possuem, mas ninguém a quer próximo por muito tempo.  
Anatomia de uma Piriguete.


P.S.
- Em tempos onde a violência campeia, temos que ter cuidado com os valores e a cultura que estamos criando e alimentando. Espero que a provocação acima possa servir para uma reflexão mais crítica sobre as questões de gênero e o respeito com os indivíduos.

3 comentários:

gislane disse...

gostei muito do texto,de forma cômica e critica mostrou como hoje em dia há uma distorção de tratamento entre as jovens que de certa forma não se valorizam!

Unknown disse...

Caro professor Henrique, creio ser o único leitor que faltava passar por aqui. Nunca tive interesse em blogs, mas, por incrível que pareça, agora escrevo também para um. Nesse momento você já deva saber quem sou, o aluno a quem nunca lecionaste, João Victor. Como já disse, só me faltava dar o ar de minha graça e comparecer com as leituras de seus escritos. E li. Entretanto, digo que sua presença de palco é consideravelmente melhor. Gostei de suas crônicas, mas, pelo que o conheço, esperava que explorasse mais os assuntos. Felicidades querido.

Unknown disse...

Elaine DE FAEIRRAlNE 16 2015