Sim, nós temos que nos meter; nos meter em quase tudo; menos na vida pessoal, íntima e individual das demais pessoas.
A escola tem que ensinar, orientar, instrumentalizar os jovens para que saibam a meter o dedo no mundo; intervir no mundo; cutucar o mundo. As coisas estão aí: paisagens, lugares e territórios com suas rugosidades e acontecimentos. E como diz parte da letra da música de abertura do desenho animado japonês Dragon Ball Z:
Posso pressentir o perigo e o caos
E ninguém agora vai me amedrontar
Com a minha mente vou a mil lugares
E a imaginação me dá forças pra voar
Para sentir, para pressentir precisamos experimentar, se aventurar e não ter medo de olhar nas várias direções. Para intervir temos que aprimorar nossos sentidos; todos os sentidos. Neste processo de educação dos sentidos a educação holística precisa ser diariamente praticada com o objetivo de nos tornarmos seres humanos melhores. Educar os sentidos é despertar possibilidades seja de quem for, ajudando o ser a ser em sua plenitude.
E para se intrometer no mundo é a educação um instrumento ímpar na construção desses sentidos. Rubem Alves, grande educador brasileiro tem um texto maravilhoso em que ele diz: “a primeira função da educação é ensinar a ver”. Educar o olhar é a arte por excelência. Os revolucionários, os místicos, os poetas, os profetas, os videntes porque têm os olhos educados são seres apaixonados e a paixão é o segredo do sentido da vida para nunca deixar de ser criança.
- Acho isso lindo!
Uma intervenção orgânica no mundo necessita deste ditame. Na Educação dos Sentidos, “observar é progredir das percepções dos sentidos para a ideia, do
concreto para o abstrato, dos sentidos para a inteligência, dos dados para o julgamento, por
meio de atividades concretas que são, ao mesmo tempo, expressão do pensamento e da
experiência” (VALDEMARIN, 2000:77).
Estudantes e colegas professores eu ainda acredito nisso. Creio que só e somente só por tal perspectiva é consigamos viver com mais alegria e autonomia.
Portanto, vamos sentir e meter o dedo no mundo, E com Tesão, por gentileza.
Henrique Gomes de Lima.
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