"Em 30 anos de vida pública, bolsonaro sempre manifestou seu apreço por
ditaduras (desde que fossem de seu perfil ideológico), o apreço pela
violência política, o apreço pela tortura, o apreço pelo assassinato de
inimigos políticos, tais como praticados durante a ditadura
civil-militar brasileira.
Assim, independente de ter sido eleito presidente, bolsonaro é um ser humano vil, um indivíduo que está abaixo de qualquer princípio civilizatório, de vida em sociedade, de convivência e respeito com outros seres humanos.
Quando se tem alguém dessa vilania e baixeza no comando do mais alto cargo da República, que manifesta publicamente apoio e homenagem a um notório torturador como Ustra, capaz das maiores violências e barbáries físicas contra outros seres humanos, é sinal que que não temos nenhuma esperança no horizonte em melhorias de uma sociedade tão injusta e violenta como a brasileira".
Eduardo Wolf.
Doutor em Filosofia pela USP, tendo sido pesquisador visitante na
Universidade Ca'Foscari (Veneza, Itália), Eduardo Wolf é colaborador da
revista Veja e editor da plataforma multimídia "O Estado da Arte" no
jornal O Estado de S. Paulo. Editou, entre outros, os volumes Pensar a
Filosofia e Pensar o Contemporâneo, lançados pela Arquipélago Editorial.
Traduziu os ensaios de T. S. Eliot (Notas para uma Definição de Cultura e A Ideia de uma Sociedade Cristã e Outros Ensaios - É Realizações) e diversos títulos de filosofia (A Filosofia Antes de Sócrates, de Richard Mckirahan, A invenção da Filosofia,
de Néstor-Cordero, entre outros). É professor e pesquisador do
Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo
(PUC-SP) e pesquisador do Grupo de Estudos Filosofia Antiga da USP. Foi
Secretário-Adjunto de Cultura de Porto Alegre (2017) e
curador-assistente do Fronteiras do Pensamento (2016 - 2018).
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