Finalizei outubro conversando com os estudantes sobre violência doméstica contra a mulher. Sempre faço tais reflexões mas o ENEM 2015 potencializou minha fala.
Senhores e senhoras, por incrível que pareça tenho estudantes em sala e por mais incrível que pareça colegas professores que afirmam - a violência contra a mulher não existe, é coisa do PT e dos partidos de esquerda. É assunto morto e enterrado.
1º - É uma fala ignorante em todos os sentidos, mão existe mais "esquerda" no Brasil;
2º - o assunto sim, está realmente morto e enterrado junto com as mulheres.
Senhores e senhoras, por incrível que pareça tais pessoas em sua maioria se dizem "cristãs". Não posso acreditar nisso, pois Cristo, o verdadeiro Cristo é sinônimo de amor e não disseminador de ódio e de ignorância como estão fazendo alguns falsos pastores, como por exemplo um dos representantes de Satanás na Terra, o Deputado Federal Marco Feliciano.
Pra começar falei sobre meu texto recém-publicado aqui, - Precisa-se de raparigas e de putas: suas filhas, suas irmãs e sua mãe estão disponíveis? Que por si só já causa um grande incômodo nos "supermachos héteros" já que a maioria gosta de ser " rapariguiero". Depois declamei uma clássica composição feita em 2001 especialmente para o dia Internacional da Mulher:
"Tudo que é perfeito a gente pega pelo braço
joga ela no meio mete em cima e mete em baixo
Depois de nove meses você vê o resultado.
Segure o than.
Segure o than, cachorras e poposudas, pois,
um tapinha não dói
e, se o dinheiro está na mão, a calcinha está no chão.
Por isso, vou deixar minha mulher e arrumar uma quenga,
que talvez me compreenda e saiba me dar valor,
pois, amor de rapariga é que é amor,
amor de rapariga é bom demais.
E, é isso, mulher roleira e curubenta;
se tu botar boneco eu passo a mão nas tuas venta."
joga ela no meio mete em cima e mete em baixo
Depois de nove meses você vê o resultado.
Segure o than.
Segure o than, cachorras e poposudas, pois,
um tapinha não dói
e, se o dinheiro está na mão, a calcinha está no chão.
Por isso, vou deixar minha mulher e arrumar uma quenga,
que talvez me compreenda e saiba me dar valor,
pois, amor de rapariga é que é amor,
amor de rapariga é bom demais.
E, é isso, mulher roleira e curubenta;
se tu botar boneco eu passo a mão nas tuas venta."
E para concluir peço que cada rapaz e moça fechem os olhos e voltem "para dentro de suas casas". E pergunto:
- Você já OUVIU seu pai, seu tio, seu irmão, ou seu avô chamar sua mãe, sua tia, sua cunhada ou sua avó de:
- SUA ÉGUA!
- SUA PORRA!
- SUA VAGABUNDA!
- Você já VIU seu pai, seu tio, seu irmão, ou seu avô CHEGAR PERTO sua mãe, sua tia, sua cunhada ou sua avó e:
- DAR UM EMPURRÃO;
- UM TAPA;
- UM MURRO;
- UM CHUTE;
Você já viu? Você já ouviu?
Neste momento, olho para a turma: uns que são mais próximos se entreolham, é perceptível nos olharem nos rostos que os mesmo se reconhecem nessas situações; infelizmente e para minha preocupação vejo alguns jovens chorando copiosamente.
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