sábado, 25 de julho de 2009

REFLEXO




Apesar de ser ainda um bebê desmanado, já fui testemunha de muitas coisas.
Desde o tempo que ocupei a comunidade de Cedro, distrito de Lagoa do Juvenal(não digo o resto, morra de curiosidade!) até a chegada em Fortaleza, observo as atitudes de homens e mulheres com relação a educação de suas crias. É impressionante.Contarei aqui, algumas pérolas da educação doméstica. Claro que isso não acontece mais hoje em dia.
Comecemos com alguns comportamentos, que se o " pivete" não incorporar logo, ele jamais será um macho.

1. Aprender a mijar(homem não faz xixi), na rua. Parece que eu "tô" é vendo a mãe ou o pai dizendo" olha a pintinha, a tornelinha dele, como é bonitinho". Ninguém se incomoda é um menino, isso é coisa de homem, é normal. Homem mija em qualquer lugar: no poste, na árvore, na calçada, na porta da casa.
2. Modo de sentar-se à sala, na escola, no banco da praça, no trabalho. Jamais cruzar as pernas! "Nem morta santa!" Isso é coisa de mulher, de viado, baitola!.Homem macho, deve sentar todo arreganhado e, se possível, coçar os "ovos"(quero dizer os testículos!)de vez em quando.
3. Mais surpreendente ainda é a formação para o desenvolvimento e relação com a sexualidade. É um arcabouço ético e complexamente elaborado que nem Platão e Aristóteles em seus momentos mais inspirados poderiam construir.
O contexto é mais ou menos assim. Numa família onde a maioria das crias é do sexo masculino, logo cedo são incentivados a procurar mulher. Normalmente proferida pelo pai, mas, por incrível que pareça até pela mãe, a máxima é a seguinte: quem tiver suas éguas que segure pois meus cavalos estão soltos; há também variações para outras espécies como bodes,cabras,jumentos e jumentas.

Há muitas outras situações para contextualizar. Mas deixa pra depois.
Ainda bem que isso não acontece mais!!!

Um comentário:

  1. É isso aí henrique to contigo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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