sábado, 25 de julho de 2009

Clara Nunes, eterna. I



Estamos com uma Pandemia: As diarréias mentais.Das causas, sintomas, consequencias e profilaxia tratarei depois. Por enquanto, afirmo que você pode continuar ouvindo coisas do tipo: Banda Kixinin, a inhaca do forró,e outras músicas onde todas as palavras terminam em " inho(a)" ou ainda os " batidões". Eu também ouço. Agora, se você só ouve isso, meu bem, o " pobrema" é sério. Há muitos casos confirmados de indivíduos onde os excrementos ocuparam toda a caixa craniana e começaram a sair pelos poros e principalmente pela boca. Enquanto isso não acontece com você, tome uma pequena dose de Clara Nunes.Ouça com atenção, acompanhe a letra. Não vai doer.

Composição: Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro

Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil

Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou

Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou

Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou

E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor

ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô

ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô

E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador

Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor

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