sábado, 3 de março de 2018

...E o Rio de Janeiro continua lindo?


O Rio de Janeiro continua lindo...O Rio de Janeiro continua sendo...

Assim começa a bela composição do grande Gilberto Gil gravada em 1969. 

O Rio de Janeiro, a segunda capital federal do Brasil, onde estão os belos palácios como o do Paço Imperial, o palácio das Laranjeiras, o prédio neoclássico do Museu Nacional, o palácio do Catete, o palácio Tiradentes, a Academia Brasileira de Letras...dentre tantos outros.

O Rio de Janeiro dos mares de morros, da baía e enseadas perfeitas, da mata atlântica e o mico-leão-dourado.

O Rio de Janeiro dos Tupinambás, dos Tamoios e dos Maracajás,
 hoje é terra que jaz.

Jaz no leito do descaso e dos desmandos. Jaz no túmulo dos escândalos e da corrupção montados no lombo do PMDB e galopando com pezão. 

Uma das coisas mais belas do Rio de Janeiro são os morros. Hoje desordenadamente ocupados e vergonhosamente explorados e subjulgados. Nos morros do Rio e bem como nas demais comunidades periféricas das grandes cidades brasileiras estão homens e mulheres simples e trabalhadores, estão as pessoas expurgadas da elite nacional.

E sim, também nas comunidades se escondem alguns bandidos perigosos e os "pirangueirozim" chinfrim nosso de cada dia. E sim, nas comunidades também estão as bocadas de cocaína que alimentam as elites das coberturas.    

Povo bonito o enfrentamento da violência só terá algum êxito se investirmos nas pessoas, nas famílias. A produção taylofordista de bandidos e marginais só poderá ser amenizada com o cuidado às crianças e jovens e o plantel de corruptos só será ceifado com muita educação e justiça justa e verdadeiramente cega.

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