quarta-feira, 1 de abril de 2015

Não sou Cassandra*, mas... a violência vai aumentar.

É, ... o ódio, o medo, o terror e a intolerância estão vencendo.
 
 
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos deputados federais aprovou nesta terça-feira, 31 de março a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos. Trata-se do primeiro passo para o andamento da proposta na Casa, no qual os deputados avaliam que o texto está de acordo com a própria Constituição.
 
Eu até entendo o senso comum. É difícil ter um familiar, um amigo ou alguém desconhecido que foi assassinado e/ou estuprado por uma criatura de 17 ou 16 anos e vê esta mesma criatura passar no máximo 03 anos em uma instituição "socioeducativa" e de lá sair como se nada tivesse acontecido.
 
No entanto, reduzir a maioridade penal para 16 anos é um erro gravíssimo que a sociedade comete.
 
Quando trato desse questão com os estudantes conto-lhes a  velha estória do velho professor e seu jovem aprendiz. Começa assim: 
 
Em busca de sabedoria o jovem vai a procura do sábio que  vive em altas montanhas, longe de tudo e de todos.
 
Lá chegando fatigado, "estrupiado" é recebido pelo velho que lhe oferece um copo d' àgua. Ao deitar a água com uma vasilha este vai enchendo até derramar, mas o velho continua colocando mais água e mais água.
 
O jovem o repreende...  - Senhor não está vendo que o copo já esta cheio? 
Responde o velho: Vieste atrás de conhecimento? De sabedoria? Então se esvazie. Caso contrário qualquer coisa que eu venha a dizer transbordará e derramará e não terás nenhum proveito.
 
Os dois saem para dar uma volta pelo vale. Encontram um escorpião tentando atravessar uma poça. O velho aproxima-se a tenta colocá-lo do outro lado. É logo picado. Mas, o professor não desiste e continua tentando e é picado por várias vezes. Depois de algum tempo e já com a mão e o braço já bastante inchados ele consegue colocar o bicho do outro lado.
 
O jovem aluno só olhando aquilo com uma cara de espanto.
 
Continuam sua caminhada até que aproximam de um rio. Sentam-se a ficam a contemplá-lo. De repente, lá vem um bebê sendo levado pela correnteza. Eles se jogam nas águas para salvar a criança. Quando olham e veem mais dois bebês. Eles conseguem pegar o três os colocam na margem do rio. Mal chegam à margem é lá vem mais 04 bebês. Eles entram na correnteza novamente e quando estão salvando os 04, eis que surgem mais 05 e depois mais de 10 e mais 10 e cada vez cada mais e mais bebês desciam correnteza abaixo. Eles não conseguiam salvá-los.
 
 
Era desesperador. O velho sai da água.
O jovem continua dentro do rio tentando.
 
O jovem vê o velho sentado na margem do rio e não acredita no que vê.
Se revolta.
 
 
- O que? Como pode ficar aí sentado sem fazer nada? Que tipo de homem é o senhor?
- Horas atrás tentou até conseguir salvar um bicho peçonhento e agora não se dá ao trabalho de salvar crianças? Que vergonha, que decepção!
 
Responde o velho professor:
 
- É da natureza do escorpião picar e é da natureza do ser humano salvar vidas. Portanto, saia da água o senhor também. Não serve de nada o que estamos fazendo. Se quisermos realmente salvar essas crianças temos que fazer outra coisa.
 
O que professor?
 
- Vamos subir o rio e descobrir quem está jogando os bebês.
 
Conclusão 1:
 
Não será jogando nos presídios os jovens de 17 e 16 anos que diminuirá a violência.
 
 
Conclusão 2:
 

Logo em seguida teremos e já temos os jovens de 15, 14, 13 anos cometendo os mesmos crimes.
 
 
Conclusão 3:
 
 
Com o sistema carcerário que temos, serão alguns milhões de jovens sendo treinados na faculdade do crime e quando de lá saírem a carnificina vai ser linda.
 
Minha sugestão 01:
 
Prendam os bebês assim que nascerem!
 
Minha sugestão 02:
 
Pitágoras disse: Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos.
 
Minha sugestão 03:
 
Mas Jesus chamou a si as crianças e disse: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.
 
 
* Cassandra - Personagem da Mitologia Grega, uma profetisa que anuncia previsões de catástrofe e desgraça.   
 
    

     


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