quinta-feira, 12 de março de 2015

Despactuei.

"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." Essa máxima do mestre Paulo Freire acredito ser uma das verdades mais simples, orgânicas e fortes do fazer educação. 

E foi por acreditar neste aprendizado em comunhão que recebi com muita expectativa e sonho o Pacto Nacional pelo Ensino Médio promovido pelo Ministério da Educação. Nossa, que massa! O MEC oportunizar aos professores brasileiros um espaço para o diálogo, para a formação e para a construção.

Realmente o Ensino Médio está agonizando, e só consultando quem está na prática e na práxis para realizar ações de impacto para mudar tal realidade.

Eu entrei no Pacto. Participei no início das discussões e reflexões. Interessante. Percebi o Pacto como uma grande oportunidade para posicionamentos políticos. Vi o pacto como um canal de força que poderia reunir os educadores do país e estes darem um recado para os governos e parlamentares de plantão. Nos meus devaneios vi grandes assembleias e grandes fóruns.

Mas, parece que não é isso que está acontecendo.

Parece que o Pacto é um pacote engessado.
Parece que o Pacto é uma obrigação obrigatória.
Parece que o Pacto gira em torno da esmola de R$ 200, 000. Um sindicalista aqui do Ceará chegou a afirmar que já eram os tais royalties do petróleo que já estavam entrando na educação.
O material divulgado para os estudos é muito bom.
Os encontros estão acontecendo e são muito bons, tem até lanche.
Está tudo caminhando conforme o plano, conforme o pacto.

Não tive condições de acompanhar o Pacto.
O nível dos debates é muito elevado.

Despactuei.

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