sábado, 8 de março de 2014

Seres únicos - Humanos, simplesmente.

Ele está lá, na Praça do Ferreira - centro comercial de Fortaleza - de segunda a sábado, até às 19hs. É motivo de riso e de deboche. Mas, transcendental em sua autenticidade, não liga para os olhares, simplesmente se apresenta, canta e dança com seu jeito único.

Me disse que se chama Samuel e que mora na Jurema. Entre uma música e outra, para e, fala de Jesus. Parei para prestigiá-lo e ouvi-lo. Ele traz humanidade à praça. Traz alegria e inocência. E, acima de tudo traz paz ante ao caos.

Usa um microfone sem retorno de som, uma saia e lenço na cabeça. A música vem de um pequeno rádio que carrega junto ao peito e para cadenciar tem dois frascos de desodorante com algo dentro que ao balançar faz lembrar uma percussão.  

É um artista, na concepção mais orgânica da palavra.
Mas, assim como os mendigos, idosos, viciados em crack, crianças em situação de rua e pessoas prostituídas, faz parte do grupo das pessoas invisíveis.   



3 comentários:

  1. Que lindo! Fiquei comovida. Parabéns pela sua sensibilidade, professor.

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  2. Henrique? Que tal aparecer e matarmos a saudade? Nós, seus amigos de 8ª série, sentimos sua falta e lembramos sempre de você. Beijoos carinhosos. By: Imaculada.

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  3. Valha-me Deus, não acredito!!!

    És tu mesmo mulher?
    Onde estais?
    Onde estais?

    Henrique.

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