quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Um manto podre chamado preconceito e um câncer chamado ignorância.

Fato acontecido em um certo lugar, com uma certa pessoa em certo universo paralelo.

Um certo "filho de uma égua" professor de Geografia vê no faceboock o seguinte cartaz:
 
Este professor "filho de uma égua", "estúpido", "ridículo", "patético", "incompetente", "descompromissado" e que "adora enrolar aula", teve uma diarreia mental e imprimiu a "porra" de cartaz e como se não bastasse colocou-o no quadro de avisos da sala dos professores da escola onde trabalha.

Coitado do infeliz. Ingênuo e idiota como é, imaginara que a escola fosse um lugar para o debate de ideias e ideais. Imaginara ainda que professores licenciados, pós-graduados, experientes no magistério estariam com seus olhos limpos, sem remelas e veriam o cartaz como um bom exemplo do poder da linguagem, da observação e de que as coisas não não absolutas. Este professor "medíocre" pensava e, ainda pensa que os indivíduos que possuem o título de professores são pessoas reflexivas, que mostram ser a primeira impressão, na maioria das vezes um equívoco. 

O cartaz foi colocado no final do expediente noturno. Na manhã seguinte alguém deixa este recado, rascunhado sobre o mesmo: " KD a graça??? SE FOSSE NA ESCOLA DO SEU(A) FILHO(A), VC ACHARIA ENGRAÇADO?.

O " professorzinho de merda", tapado como é, não entendeu. E como havia acabado o remédio que toma (gardenal), retirou o cartaz.

Para não concluir...

Eu quero que meu filho ou minha filha estude em uma escola que não se furte ao debate dos grandes temas. Eu quero que meu filho ou minha filha tenha a felicidade e a honra de encontrar professores que os oriente a compreender as rugosidades da realidade. Eu quero que meu filho ou minha filha encontre mestres que o oriente a ler o mundo, a interpretar as imagens, a saber fazer a distinção entre ironia e agressão. Quero que meu filho ou minha filha não encontre professores estúpidos e arrogantes que insistem em querer enfiar "suas verdades" pela sua garganta. Professores que debatam política, religião, fé e sexualidade sem sectarismo e sem preconceitos. Eu quero que meu filho ou minha filha estude numa escola onde os professores saibam pelo menos entender um cartaz.             

Henrique Gomes de Lima.

2 comentários:

  1. É lamentável que isso tenha acontecido, mais lamentável que o colega não saber ler, é o fato de fazer a crítica anônima e não se permitir debater, apresentar sua opinião e ouvir o motivo pelo qual o outro colega levou o cartaz para a escola. Mas repetindo Drummond, esses fatos só provam "que nem todos se libertaram ainda". Paciência é preciso e tolerância mais ainda!

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