quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

E por falar em armas - a morte campeia montada nelas.

Não existem balas perdidas. Existem balas que matam pessoas. 

Os grupos de homens organizados e armados para defender territórios e outras posses foram formados a mais de 2.500 anos atrás. Os agrupamentos primeiros lutavam com lanças, machados e adagas, e os “tanques”, os blindados, os" caverões", as viaturas da época eram carruagens, com um condutor e um guerreiro armado com dardo ou arco composto – feito com ossos, tendões ou feixes de madeira. Segundo pesquisadores e pesquisas especializadas até honradez existia nesses agrupamentos e nesses confrontos.

E hoje, quem são esses agrupamentos e que armas usam? Quem pode usar armas? Quem tem o direito de portar armas? Para que portar armas? Para que fabricar mais e mais armar???

O que dizem o senso comum e aqueles que possuem o raciocínio tão profundo quanto um pires? - Respostas da mesma natureza, ou seja, do tipo senso comum e tão profunda quanto um pires.

Defendo baseado nas legislações mais humanizadas e nos acontecimentos grotescos da atualidade que armas só podem estar nas mãos de dois grupos de indivíduos: um por direito e funções delegados pelo Estado e o outro por afronta ao primeiro.Refiro-me aqui às forças constituídas pelos Estados- Nações como polícias e exércitos e aos grupos de indivíduos que afrontam os direitos individuais e coletivos também chamados de bandidos ou marginais. Em uma sociedade realmente civilizada nem as forças constituídas "legalmente" precisaria de armas.

Nós os seres que se dizem humanos estamos a cada dia se desumanizando e se embrutecendo cada vez mais. Estamos nos tornando bestas horrendas e nos autodestruindo.

NUNCA foi,  NÃO é e
 JAMAIS serão as armas as promotoras e mantenedoras da paz. 
E por falar em armas: a morte campeia montada nelas.

Mãe desmaia em sepultamento de menino atingido por "bala perdida" no Complexo da Maré/RJ. 
Vânia Moraes, a mãe de Jeremias morto aos 13 anos por bala...

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Aos estudantes: venham de onde vier...Cheguem de onde chegar!



Olá, quem é você?
Olá, o que vieste aqui fazer?
Não me interessa; não quero saber.
No entanto, um pedido tenho a lhe fazer:
Hoje, agora neste dia em estamos aqui a lhe acolher:

- respeite mais;
- cuide mais;
- leia mais;
- ame mais.

Olá, de onde veio?
Do Bom Jardim ou do Riacho Doce?
Da Aerolândia ou da Parquelândia?
Do lindo Pirambu ou do belo Jangurussu?
Da Parangaba ou das Cajazeiras?
Ou da Messejana, passando pela antiga Paranjana?  

Como aqui no AB tu vais chegar?
A pé, de ônibus ou de Jumento?
De carona, voando, pedalando ou correndo?

Não conheço sua casa,
Não conheço seu cachorro,
Não conheço o seu lar.

De uma coisa eu penso que sei,
É aqui tua família te botou pra estudar,
Não sei se querias vir.
Só sei que aqui “tu está”.
De outra coisa eu também sei...
Não venha aqui pra vacilar.
Não nenhum preconceito aqui pra desfilar;
Não permita que a ignorância e a arrogância queiram nesta casa vomitar.

Aqui a gente te acolhe,
Sem olhar sem saber quem;
Aqui se tu quiseres poderás dizer Amém,
Poderás dizer Aleluia e Oxalá também.
 Aqui a gente fala e não se cala.
E, se preciso for
Vamos pra rua juntos,
protestar por mais amor. 

Aqui todo mundo é bem-vindo,
O vermelho e o azul e até quem não tem cor...
Pode chegar meu bem!

Aqui todo mundo é bem-vindo,
Sexuados e assexuados do além.

Ninguém vive sem comer,
Ninguém vive sem beber.
Ninguém vive sem alimentar,
Ninguém vive sem cagar.
O que nos diferencia das lombrigas,
é elas não sabem pensar.
O que nos diferencia dos vermes,
É que eles não sabem amar.

Isto aqui é uma Padaria,
tem este pão aqui,
e tem pão bem acolá.
Tu cantas daí,
Que eu canto de cá.
Sou Henrique Gomes de Lima,
um professor que tenta, de atenta
e que vai te respeitar.
Vamos nos diverti juntos,
Porque a “bagaça” vai começar!